As mudanças propostas para
reformulação do ensino médio podem trazer também um novo modelo para o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem). Com a intenção de flexibilizar a trajetória
dos alunos, o Ministério da Educação (MEC) terá que pensar também em formas
de avaliar as ênfases de formação. Uma das possibilidades é que haja modelos
diferentes de Enem, mais direcionados para o que os estudantes aprenderam na
etapa de ensino. As possíveis mudanças não valerão para o Enem de 2016.
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O governo quer aprovar a reforma do
ensino médio até o final do ano. Nesta quinta-feira (22), a presidência
deverá anunciar o texto que será enviado para a aprovação do Congresso Nacional.
Uma das possibilidades é o envio de uma medida provisória, que passa a valer
assim que for publicada no Diário Oficial e tem 120 dias para ser aprovada ou
não no Parlamento.
Os alunos poderão escolher seguir
algumas trajetórias: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências
humanas - modelo usado também na divisão das provas do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem). Os secretários propõe ainda a inclusão de um quinto eixo
de formação: técnica e profissional.
De acordo com o Conselho Nacional de
Secretários de Educação (Consed), o texto final ainda não foi disponibilizado
aos secretários estaduais, responsáveis por essa etapa de ensino, mas grande
parte das sugestões dadas pelos gestores foi acatada. A intenção é que o
ensino médio tenha, ao longo de três anos, metade da carga horária de
conteúdo obrigatório, definido pela Base Nacional Comum Curricular - ainda em
discussão. O restante do tempo deve ser flexibilizado a partir dos interesses
do próprio aluno e das especificidades de cada rede de ensino no Brasil.
"Essa formação vai possibilitar
que o aluno passe no Enem? O Enem vai mudar por conta disso, com
certeza", disse o diretor institucional do Consed, Antônio Neto.
"Inclusive, o Enem vai mudar a partir do momento que houver uma Base
Nacional Comum Curricular para o ensino médio, o Enem vai ter que seguir essa
base", acrescentou
A reforma ganhou destaque após a
divulgação dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb),
que mede a qualidade do ensino no país. Pelo segundo ano consecutivo, a meta
estabelecida para o ensino médio não foi cumprida e a etapa está estagnada
desde 2011. Uma reforma da etapa está em tramitação na Câmara dos Deputados,
por meio do Projeto de Lei (PL) 6480/2013, mas o ministro da Educação,
Mendonça Filho, defende que, dada a urgência da questão, é necessário o envio
de uma medida provisória.
Atualmente, o ensino médio
concentra 8 milhões de alunos. Os problemas identificados nessa etapa estão
presentes tanto na rede pública quanto na privada. "O Enem vai ter que
se ajustar a esse novo desenho de ensino médio", disse a presidente executiva
do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz. "Deve ter o Enem com os
conteúdos definidos pela Base e o Enem da área de concentração. Isso não é
algo que logisticamente é complicado e é positivo", defendeu.
O MEC ainda não falou sobre
mudanças no Enem, questão que também não estará contemplada no texto da
reforma que será apresentado hoje. Para o coordenador-geral da Campanha
Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara, o Enem deve ser mantido
como mecanismo de acesso ao ensino superior.
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Parabéns pela iniciativa em se preocupar com o ensino médio. Estamos junto nessa luta!!!
ResponderExcluirAgenor Florencio #TAMOSJUNTOSPELAEDUCAÇÃO
ExcluirA Nossa Guerra só Está Começando! Agora em 2017, Vamos Lutar Lado a Lado a Favor da Previdencia para que a Mesma não seja alterada! Vamos Todos Juntos organizar multirões e Eventos para que possamos Ficar Tranquilos!
ExcluirO Brasil não será um Brasil sem Educadores!