Texto e Fotos: Junior Cajú - Facebook
A Reunião debateu situação do Olheiro de Pureza, Rio Maxaranguape e o futuro do abastecimento de água de Pureza, Taipu, Poço Branco, João Câmara e Bento Fernandes
Aceitando o convite da Câmara de Vereadores de Pureza, através do Ofício 073/2017-GP, os vereadores #Junior_Caju e #Guer_Carneiro participaram, ontem (22/11), de uma reunião sobre a situação do Olheiro de Pureza, Rio Maxaranguape e o futuro do abastecimento de água daquela cidade e de outras cinco.
Na reunião, o tema abordado seria "água fonte de vida, vamos salvar nosso Olheiro", com a intenção de encontrar alternativas para evitar a perda permanente ou temporária do Olheiro como fonte de abastecimento de Pureza, outros quatro municípios e tantas comunidades rurais. Mas a discussão foi muito além: o problema é muito mais amplo e sério do que se imaginava.
A pauta da reunião iniciou pela exposição dos resultados de um relatório técnico ambiental, realizado pela pesquisadora Liliane Silva Câmara de Oliveira, graduada em Ciências Biológicas pela UNP e Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
A pesquisa, realizada entre 2015 e 2016, apontou fatores de comprometimento ambiental da nascente até o curso do Rio, tais como: poluição microbiológica e físico-química da água; estruturação precária, assoreamento, baixo nível, extinção de espécies de peixes e utilização inadequada das águas.
Num segundo instante, a reunião levou aos presentes a urgente necessidade de refletir sobre as formas de utilização do Olheiro e do Rio Maxaranguape - de forma harmônica e igualitária, e a buscar formas de amenizar os problemas já conhecidos e os relatados pela pesquisa.
O Olheiro de Pureza, interditado judicialmente desde 19/09, sempre foi visto como importante área de lazer e turismo para aquele município. Contudo, após a construção sistema do Mato Grande, o Olheiro passou a ser a principal fonte de abastecimento de água para cinco municípios. Assim, poucas pessoas o enxergavam como uma das nascentes do Rio Maxaranguape.
Atualmente, os pescadores locais que sobrevivem do Rio Maxaranguape sofrem com o seu desaparecimento por falta de chuvas e água da sua nascente (o Olheiro). Igualmente, a população purezense alimenta o desejo de preservar seu mais importante cartão postal e fonte de renda de várias famílias e do comércio local - realidade bastante parecida com a de Poço Branco.
Para finalizar o encontro, um representante da Caern esteve presente para ajudar no debate. Entretanto, sua explanação foi considerada pouco esclarecedora - o que gerou mais dúvidas e insegurança. Nesta reunião, a Caern não se mostrou disposta a colaborar na elucidação dos problemas ambientais e com a preservação da água que ela comercializa há vários anos.
Já os gestores e vereadores presentes, por unanimidade, decidiram juntar forças, mobilizar suas populações e correr atrás do que for necessário para a melhoria da atual situação do Olheiro e do Rio Maxaranguape, de forma a garantir e manter o abastecimento de água da região dentro da normalidade.
Possíveis consequências
Não ficou determinado se haverá necessidade de racionamento ou interrupções longas no abastecimento de água de Poço Branco e dos demais municípios envolvidos.
Mas essa realidade não foi totalmente descartada, especialmente se a população de Pureza, em ato público marcado para os próximos dias, exigir a paralisação da captação de água com a finalidade de como eles dizem: "salvar o Olheiro".
"O sinal de alerta está ligado para todos" foi uma das frases mais repetidas pelos representantes purezenses na supracitada reunião, em claro tom de que irão buscar todos os caminhos possíveis para salvar o bem mais precioso deles: o Olheiro.
#Junior_Caju
#Guer_Carneiro
Vereadores de Poço Branco
