Lula avalia que o PT precisa se contrapor com mais vigor ao governo Michel Temer
Lula: ex-presidente tem
intensificado ataques a Temer, dizendo que ele "só sabe cortar"
(Ricardo Stuckert / Instituto Lula/Divulgação)

Mesmo correndo o risco de ficar inelegível se for condenado em
segunda instância, pois é réu em cinco ações, Lula avalia que o PT precisa se
contrapor com mais vigor ao governo Michel Temer, lançando uma espécie de
“programa nacional de emergência” para o País sair da crise.
O
termo foi usado pelo próprio PT em fevereiro do ano passado, quando o partido
apresentou à então presidente Dilma Rousseff uma lista com 22 sugestões de
mudanças na economia.
Com
um discurso em defesa de novas eleições diretas e disposto a antecipar o
lançamento de seu nome ao Planalto, Lula tem aparecido em vídeos dizendo que
Temer “só sabe cortar”.
O
foco de sua plataforma para 2018 vai na linha de que o País não conseguirá
reduzir o número de 12,9 milhões de desempregados se não ampliar o crédito para
a produção e o consumo.
Entre
as propostas que Lula e a cúpula do PT defendem para enfrentar a crise estão a
criação de um Fundo de Desenvolvimento e Emprego, reajuste de 20% nos valores
do Bolsa Família e aumento real do salário mínimo, além da correção da tabela
do Imposto de Renda, com teto de isenção superior ao atual.
Há
um ano, o PT pressionou Dilma para que usasse parte das reservas internacionais
na formação do Fundo de Desenvolvimento. Ela não concordou.
Foi
no governo Dilma que a economia do País teve o seu pior desempenho. O
ex-presidente sempre quis, sem sucesso, que ela nomeasse o atual ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central nos dois mandatos de
Lula, de 2003 a 2010.
Na
lista dos economistas com quem Lula sempre conversa constam Luiz Gonzaga
Belluzzo e Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento na gestão
Dilma.
O
petista também ouvia Antonio Palocci, titular da Fazenda de 2003 a 2006 e chefe
da Casa Civil em 2011. Palocci está preso desde setembro, acusado de receber
propina para favorecer a Odebrecht.
Em
consonância com Lula, a bancada do PT no Senado também apresentará até abril um
programa emergencial para a economia. “Estamos à beira de uma convulsão
social”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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