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sábado, 3 de março de 2018

E Agora José? Onde o Brasil foi Descoberto por Pedro Alvares Cabral?


SOBRE O BRASIL TER SIDO DESCOBERTO NO RIO GRANDE DO NORTE POR CABRAL

Veja isto: se Pero Vaz de Caminha, João Faras ou o Piloto Anônimo não registraram nenhum monumento geológico, caso tivesse chegado na terra Potiguar, o que o impediria de registrar o relevante fato? Qualquer que fosse o local da primeira porção de terra avistada entre a Ilha de Marajó (PA) à Cananéia (SP), estaria ela dentro da parte portuguesa do Tratado de Tordesilhas e, sim, seria registrada/relatada. Inclusive, a rota de Cabral não foi pelo litoral norte do RN, mas sim passando a leste do RN, possivelmente entre o continente e a ilha de Fernando de Noronha (não avistada). Afinal, ele obteve conhecimento e instruções minuciosas, desde as viagens espanholas ao "futuro" continente (com os italianos Colombo e Vespúcio, os espanhóis Hojeda e Pinzon, entre outros), inclusive as experiências das viagens de Bartolomeu Dias e Vasco da Gama à Ásia, que também foi o principal objetivo de Cabral e sua frota.

A POLÊMICA DOS MONTES: CABUGI OU PASCOAL?

(sobre a ênfase de Lenine Pinto, da Reinvenção do Descobrimento)

O MONTE PASCOAL está mais perto do litoral com menos da metade da distância do PICO DO CABUGI. 
Há uma diferença de 37 metros nas alturas dos montes Pascoal (518m) e Cabugi (555m).
Ao sul do Pico do Cabugi, está a Serra de Santana com mais 750m de altitude, numa distância de 40km do Pico do Cabugi e a 106km do litoral. Sendo 30% mais alta que o Cabugi, esta serra não se sobressai à visão. Nem o Pico do Cabugi.
No frigir dos ovos, o Monte Pascoal tem mais possibilidade de ser avistado do mar, comparando-o ao Cabugi. Quanto mais distante, maior a dificuldade de visão, inclusive por outras influências como a curvatura da superfície do Terra, da atmosfera que se torna mais densa em certos horários ou períodos e a distância entre o objeto e a visão. Quanto mais distante, mais densa é a "cortina" da poluição, dos níveis da difusão de gases e partículas invisibilizando o objeto aos olhos do espectador.

VAMOS AOS NÚMEROS * Medições via satélite

MONTE PASCOAL
Distância direta da praia/mar: 27,7 km
Altitude: 518 metros
circunferência da base: 9,5 km
Distância Porto Seguro: 62,3 km

PICO DO CABUGI
Distância direta da praia/mar: 68,4 km
Altitude: 555 metros
circunferência da base: 9,3 km
Distância Porto Seguro: 91 km

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* Getúlio Moura – ainda trabalhando nesta tese do descobrimento do Brasil, compartilho com você esta parte do texto.

O Brasil foi descoberto no Rio Grande do Norte?

Não é uma brincadeira, pesquisas recentes indicam que esta foi a rota oficialmente percorrida por Cabral!

Estas pesquisas foram levantadas por um historiador potiguar chamado Lenine Pinto, que escreveu 2 livros sobre o assunto. Pena que já esgotados: "Reinvenção do Descobrimento", e "Ainda a questão do Descobrimento".

Listo aqui alguns dos argumentos levantados por Lenine, todos fatos verídicos e comprovados por seus estudos em cima de cartas enviadas entre o Brasil e Portugal, mapas da época e muito trabalho:

· O primeiro marco, o monumento mais antigo do Brasil, foi "chantado" (ou instalado) no RN. Chama-se "Marco de Touros", fincado em 1500 na praia de Touros. Hoje ele se encontra no Forte dos Reis Magos, em Natal. Segundo a história oficial, Cabral descobriu o Brasil em Porto Seguro e, em uma expedição seguinte em 1501, Américo Vespúcio chantou o marco em Touros-RN, oficializando a descoberta do Brasil. Mas a teoria de Lenine é diferente: os marcos, instalados em terras descobertas, eram, na época, uma providência privativa do capitão-mor e das esquadras patrocinadas pela ordem de Cristo. A expedição de Vespúcio era uma expedição comercial e particular, e não oficial de Portugal. Portanto, o marco teria sido na verdade, fincado por Cabral em sua primeira investida ao Brasil. 

· Cabral fez, 8 anos depois do descobrimento, uma carta ao Rei de Portugal chamada "Carta de Arrependimento ao Rei". Nela, ele informa a instalação do marco - o padrão do descobrimento - no seguinte trecho: "cumpri as instruções de vossa majestade, viajei para o ocidente e tomei posse com o padrão da terra de vossa majestade, que os antigos chamavam de Brandão ou de Brasil". Esta carta é citada também por Assis Cintra. Walter Galvanni, que fez a biografia de Cabral, também cita esta carta. Vejam que a carta confirma que Cabral já sabia seu destino, o Brasil.

· Vamos a algumas datas: em 1443, o navegador Sancho Brandão teria chegado ao Brasil (daí o nome ilha do Brandão, incluída nos mapas a partir dele). Em 1487, Pero Vaz da Cunha avistou terras já identificadas em 1448 por Andrea Bianco, como terra firme a "1500 milhas a poente", de onde se chega ao litoral do RN. A partir dele, muita gente passou pelo Brasil. Duarte Pacheco e Cristóvão Colombo, em 1498; Bartolomeu Dias e Vasco da Gama; um ano antes de Cabral ainda Alonzo de Ojeda, Juan de la Cosa e Américo Vespúcio; em janeiro de 1500, Vincente Pinzon, e em fevereiro Diego de Lepe. Se o Rei mandou Cabral fazer a descoberta oficial (tanto que vieram mais de 10 naus), o capitão teria que parar em um ponto conhecido. 

· Em 1501, o rei D. Manoel manda o navegador João de Nova em fevereiro (ou março) para seguir o trajeto feito por Cabral, no mesmo período, 30 dias (na verdade, Cabral perdeu 2 dias, segundo sua carta de bordo, com algumas tragédias, onde perderam 3 ou 4 naus, do total de 14 que saíram de Portugal; portanto a viagem normal duraria 28 dias) entre Portugal e Brasil. Ele percorreu o mesmo trajeto, passou pelo Cabo Verde no mesmo período, e chegou no Brasil em 28 dias aonde? Em Touros-RN, na Ponta do Calcanhar. Também, Cabral saiu de Cabo Verde em 20 de marco, e chegou a Vera Cruz em torno de 20 de abril. Como Cabral conseguiria fazer, nesse mesmo tempo mais 800 milhas até o sul da Bahia? Cabral saiu de Portugal em 9 de março e passou por Cabo Verde a 22. Um mês depois, poderia chegar ao RN, de acordo com as cartas náuticas; para chegar ao sul da Bahia, só lá pelo dia 10 de maio. 

· A ponta do calcanhar em Touros também foi e ainda é, confirmado pelos americanos na segunda grande guerra, o ponto mais próximo da América ao continente europeu. Tanto que foi em Natal a base aérea americana da 2º guerra. Também, conforme informado em cartas náuticas e pesquisadores americanos da 2º guerra, as correntes marítimas e o vento, os quais trouxeram os navios portugueses para o Brasil, levariam estas naus para a região extrema do nordeste, onde se encontra o RN, e não para o sul da Bahia. 

· Outro argumento extremamente importante são os 2 marcos (padrões) deixados por Portugal no Brasil nos anos iniciais do descobrimento: o primeiro em Touros-RN e o segundo na praia de Cananéia-SP. Uma carta antiga, informa que Cabral percorreu 2 mil milhas no litoral brasileiro, e é exatamente a distância entre Touros e Cananéia, onde encontram-se os marcos. Também existe um marco semelhante ao de Touros e Cananéia em Porto Seguro-BA, mas é um marco simbólico, de posse comemorativa (todos sabem, os próprios autores baianos confirmam isso). Se fossem percorridas 2 mil milhas partindo de Porto Seguro, o final seria na Patagônia, na Argentina, mais precisamente em Comodoro Rivadávia. 

· E o Monte Pascoal? O oficial, na Bahia, tem 400 metros e não consegue ser avistado a 90 km (conforme informado na carta de Caminha) por quem vem bordejando para o Sul. O Pico do Cabugi (ponto mais alto do RN) com mais de 800m sim, é visto de frente, à distância, por embarcações que vem pelas correntes marítimas e pelo vento. 

· Conta Caminha que Cabral fez um passeio a uma lagoa de água doce. As lagoas de Porto Seguro são salgadas. E o tubarão que Bartolomeu Dias matou? Tem tubarão em Porto Seguro ? Já de Recife para cima, surfista é frequentemente atacado. Também, já descoberto por cartas, foi no nordeste próximo a Touros onde se instalou o primeiro posto de corte do pau-brasil, em 1503. 

· Cabral avistou o Monte Pascoal ao entardecer do dia 22 de abril. Só que na época as ampulhetas eram corrigidas no sol-a-pino do meio-dia, quando iniciava um novo dia, o dia náutico. Assim, para os pilotos, era dia 23, dia de São Jorge. O ponto mais oriental do Brasil, o Cabo de São Roque, em Touros-RN, já foi chamado de São Jorge, antigamente. E os navegadores designavam as descobertas pelo santo do dia. 

· Gaspar de Lemos, que voltou a Portugal levando para o Rei a carta de Caminha, não informou registro de observações da costa. Quer dizer, não subiu a Bahia bordejando o litoral. Ele foi direto! Para ir direto, apenas saindo do litoral do RN. 

· As correntes marítimas traziam os navios para a Ponta do Calcanhar, em Touros, e não para Porto Seguro. Lá as correntes passam por longe, em alto mar. Os autores portugueses também afirmam isso, dentre eles Pedro Calmon. 

· Porque a história oficial transferiu de Touros para Porto Seguro o local da chegada? Os chamados "Reinós", a elite brasileira que passava temporadas em Portugal (eram chamados de brasileiros-portugueses) decidiram mudar de localização, dentre eles Gabriel Soares de Souza. Os portugueses só foram a Porto Seguro na época da colonização, por volta de 1530. Também na época não existia por lá o Pau-Brasil. Existiam todo tipo de madeira nobre, mas o Pau-Brasil não. 

Tem moral na "história"? Aprendemos nas escolas que Colombo chegou à, hoje, República Dominicana, na descoberta da América, que comemorou 500 anos em 1998. Em 1940, o exército americano e a Universidade de Harvard concluíram que Colombo havia aportado pela primeira vez nas Ilhas Watlings. Como parte das comemorações dos 500 anos da América, a National Geographic Society botou um outro exército de especialistas para descobrir onde, afinal, aportou Colombo. Eles concluíram que foi em Samana Key (ou Cayo), nas Bahamas. Essa nova história passou a ser ensinada nas escolas americanas.

Será que um dia reinventaremos a Descoberta do Brasil?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

BRASIL: DESCOBERTO NA BAHIA, OU RIO GRANDE DO NORTE?

Na hora em que as graves crises política e econômica sugerem que o pais seja “redescoberto”, um professor e pesquisador da UFRN traz ao debate nacional, com variados elementos de provas, uma tese sobre o local onde realmente teria ocorrido o “descobrimento” do Brasil.
Lenine Pinto, advogado e escritor, demonstra com dados reais e curiosos, que o Brasil não foi descoberto em Porto Seguro na Bahia, mas sim na praia de Touros no Rio Grande do Norte, em área vizinha a São Miguel do Gostoso, esquina da América Latina”,  onde se diz que “o vento faz a curva”.
O Autor constatou em suas pesquisas, que durante a década de 40, um comandante norte-americano chamado Jonas Inghram, de uma força tarefa no Recife, deixou escrito que escolheu Natal como sua base oficial, em função da proximidade com o Cabo de São Roque, que é o ponto mais estratégico no Atlântico Sul.
Esse militar afirmou, que em Salvador teria uma melhor base, mas a distância de 400 milhas a mais fazia uma grande diferença.
Em função do “achado histórico”, o professor Lenine indaga “como é que estas 400 milhas não iam fazer diferença para naviozinhos a vela, cheios de gente e dependendo de vento na época da expedição portuguesa?”
A pesquisa revela que o tempo estimado para a travessia de Cabo Verde até Porto Seguro seriam 30 dias. A embarcação deve ter ficado um ou dois dias no mar parada no mar, em função do desaparecimento da nau de Vasco de Ataíde.  Chega-se a conclusão de que, na realidade, Cabral fez a travessia em 28 ou 29 dias, o que torna impossível ele ter ido até o sul da Bahia.
No ano seguinte, em 1501, o navegador João da Nova repetiu a travessia do Atlântico e levou 30 dias do Cabo Verde ao Cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte, o que, segundo Lenine, significa amplo respaldo para confirmar que Cabral, um ano antes, fizera o mesmo percurso.
Documentos históricos atestam, ainda, que Cabral percorreu duas mil milhas na costa brasileira e essa distancia é exatamente a distância entre o atual marco de Touros (RN) e Cananéia, na Bahia.
O marco de Touros teria sido fincado durante a segunda missa no Brasil, no dia 30 de abril de 1500, junto à cruz que simbolizou a tomada da posse oficial da terra. O local onde foi encontrado o marco ficou sendo chamado até hoje de Praia do Marco.
Outro ponto, ressaltado pelo pesquisador, é que Pero Vaz de Caminha, ao descrever a descoberta, disse que a primeira coisa que viu foi um monte alto e redondo, que seria o Pico do Cabugi, no sertão do Rio Grande do Norte. O Monte Pascal, na Bahia, é uma torre, cortada e não tem pico. Isso seria o atestado claro do descobrimento ter realmente ocorrido no RN.
Outro aspecto destacado na pesquisa é que o pau brasil nascia no Rio Grande do Norte e se estendia até Cabo Frio, com uma interrupção na Bahia. “Em Porto Seguro não tinha Pau Brasil, muito menos açúcar, essenciais para a economia da época”, completa Lenine Pinto.
A partir de 1502, os navegadores portugueses registraram as missões marítimas no chamado mapa de Cantino, que mostra a ponta litoral do Estado do Rio Grande do Norte chamada de São Jorge, exatamente o santo do dia do nosso descobrimento.
Era praxe entre os navegantes batizar as terras descobertas como o nome do santo do dia.
Como se vê, o Brasil terá que definitivamente definir o local do seu descobrimento, antes de pensar em “redescobrir-se”, como meio de superar as crises que enfrenta no momento.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

5 EVIDÊNCIAS INCRÍVEIS DE QUE O BRASIL FOI DESCOBERTO NO RIO GRANDE DO NORTE

Não sei se é motivo de orgulho, mas o descobrimento do Brasil começou no Rio Grande do Norte. Orgulho de ser potiguar? Sim, mas por outros motivos. Lembro de François Silvestre quando disse que nossa Republiqueta já nasceu de uma quartelada bisonha. Daí pra frente, ou até boas décadas para trás, a corrupção comeu solta no nosso país varonil.
Fato é que são muitas evidências e defendidas por notáveis estudiosos, pesquisadores e escritores de que esse projeto de nação começou pelo nosso RN, precisamente onde hoje está fincado o Marco de Touros, na chamada Esquina do Continente.
Portanto, quando a caravela do Cabral atravessou o Atlântico e chegou ao litoral brasileiro em 22 de abril de 1500, não avistou o Monte Pascal, em Porto Seguro, na Bahia, mas o Pico do Cabugi, na região central do nosso Estado. Além do mais, o monte Pascal é uma torre, cortada, sem o tal “pico”.
Parece hipótese pouco provável mesmo para nós, potiguares, em razão da distância do Pico do Cabugi para o mar. Mas saibam que até hoje pescadores nativos se referenciam por esta serra para voltar à terra, quando estão em alto mar. Hoje até surfistas, que de uns tempos pra cá descobriram excelente pico de ondas já distante do litoral, também usam o Pico do Cabugi como referência.

Existe farto conteúdo histórico para embasar a teoria de que o Brasil começou aqui. O escritor Lenine Pinto talvez tenha sido o pioneiro e um dos principais nomes no assunto, inclusive com o livro ‘O Bando do Mar’ lançado ano passado e com estudos ainda mais aprofundados sobre o tema.
Mais recentemente, Rosana Mazaro, professora há 13 anos do Departamento de Turismo da UFRN tem se lançado sobre a pesquisa e já tem livro no prelo para lançamento no início de 2017. Ela vai unir conhecimentos práticos, como experiente velejadora. e científicos, a partir de anos de pesquisa.
E é a professora Mazaro que ajudará a secretaria estadual de Turismo do RN numa campanha de divulgação e, mais do que isso, de incentivo à discussão sobre o tema. A intenção é realmente corrigir este possível equívoco histórico e reescrever nossa história. Os planos, ainda embrionários, é de lançar uma campanha nacional.
Claro, o tema é vasto, auspicioso e existem várias evidências para comprovar a teoria defendida há tanto tempo por Lenine Pinto. Mas Rosana Mazaro, que já velejou da Europa ao RN e subiu de Santa Catarina pra cá, enumerou cinco que considera as principais.
1) A primeira se dá pelas correntes marítimas, que direcionariam as caravelas naturalmente ao RN. Segundo Mazaro, há uma dificuldade imensa para se chegar da Europa à Bahia e, em contraponto, facilidade para o RN. Há navegadores que preferem contornar até Dakar (na África) para se aproximar do Brasil tamanho a força das correntes nas proximidades da Bahia.
2) A segunda evidência apontada pela professora é o monte avistado pelos portugueses ser o Pico do Cabugi, como abordei acima.
3) A terceira seria a presença de “aguada” no litoral, conforme consta na carta do descobrimento. Aguada seria água doce, presente nas proximidades do Marco de Touros, em vários lagos, e inexistente em Porto Seguro, na Bahia.
4) A penúltima evidência seria o Marco de Touros, diferente do marco fincado na Bahia. O daqui é esculpido com símbolos e brasões semelhantes ao marco chantado no município de Cananéia, em São Paulo, que é o segundo marco português no Brasil, ou seja, o segundo ponto de parada da caravela do tio Cabral.
5) Por último, o argumento mais evidente apontado pelos estudiosos: consta no mapa português que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para fincar o segundo marco. Essa distância corresponde exatamente o percurso do Estado potiguar a São Paulo. Caso partisse da Bahia, o segundo marco estaria fincado na Argentina.
Portanto, amiguinhos, tudo indica, a merda toda começou mesmo aqui.

O Brasil foi descoberto pelo Rio Grande do Norte?


Não, a caravela de Pedro Álvares Cabral não aportou primeiramente na Bahia, em 22 de abril de 1500, conforme ensinam os livros de história. O descobrimento do Brasil se deu pelo Rio Grande do Norte, precisamente na Praia do Marco, município de Touros.

Pelo menos essa é a teoria levantada por historiadores e estudiosos respeitados. E para corrigir esse “equívoco” e reescrever a história do nosso descobrimento, uma série de seminários para discutir o tema está sendo arquitetada para o primeiro semestre de 2018, em Natal.

A ideia de levantar o debate em torno da história do Brasil partiu da Secretaria de Estado do Turismo do RN e da Empresa Potiguar de Promoção Turística do RN (Emprotur) e contará com a participação de importantes pesquisadores do assunto.

“Essa discussão merece ser aprofundada. Outros equívocos históricos já foram corrigidos e este pode ser mais um. Vamos dar a César o que é de César. Evidências mostram que o descobrimento se deu no litoral potiguar”, comentou o secretário estadual de Turismo, Ruy Gaspar.

A presidente da Emprotur, Aninha Costa, acredita no fato como uma nova possibilidade de projetar o turismo histórico-cultural potiguar. “Além da discussão em torno de um tema importante, também teremos a chance de divulgar nosso Estado na mídia, para além do Sol e Mar”.

A professora-doutora Rosana Mazaro, do Departamento de Turismo da UFRN, tem dado o suporte teórico à empreitada. Ela é também velejadora e une conhecimentos científicos e práticos para embasar cinco evidências para provar que o Brasil começou pelo RN.

Evidências

“A primeira é pelas correntes marítimas que direcionariam as caravelas naturalmente ao RN. Há uma dificuldade imensa para se chegar da Europa à Bahia e, em contraponto, facilidade para o RN. Há navegadores, sem exagero, que vão até Dakar (na África) para se aproximar do Brasil tamanho a força das correntes”.

A segunda evidência apontada pela professora é o monte avistado pelos portugueses ser o Pico do Cabugi, na região central do RN. Pescadores nativos até hoje tomam o Pico como referência para voltar à terra. Enquanto o Monte Pascal, na Bahia, sequer é um “monte”, mas uma torre, cortada e sem “pico”. 

A terceira seria a presença de “aguada” no litoral, conforme consta na carta do descobrimento. Aguada seria água doce, presente nas proximidades do Marco de Touros e inexistente em Porto Seguro, na Bahia.

A penúltima evidência seria o Marco de Touros, diferente do fincado na Bahia. O daqui é esculpido com símbolos e brasões semelhantes ao marco chantado no município de Cananéia, em São Paulo, que seria o segundo marco português no Brasil.

Por último, o argumento mais evidente apontado pelos estudiosos: consta no mapa português que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para fincar o segundo marco. Essa distância corresponde exatamente o percurso do Estado potiguar a São Paulo. Caso partisse da Bahia, o segundo marco estaria fincado na Argentina.