Pesquisa desenvolvida por alunos do campus Ceará-Mirim, na Grande Natal, aborda soluções tecnológicas e acessíveis para problemas com água de cisternas em comunidades rurais.
Grupo analisou cerca de 30 cisternas em comunidades rurais de três municípios do estado (Foto: Leandro Costa ) |
Um projeto de pesquisa do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), campus
Ceará-Mirim, na Grande Natal, foi selecionado para uma feira acadêmica
internacional que acontece nos dias 8 e 9 de março em Hong Kong, na China.
O estudo, que aborda soluções
tecnológicas e acessíveis para problemas com água de cisternas em comunidades
rurais do estado, foi desenvolvido por quatro alunos do terceiro ano do ensino
médio-técnico em informática, com orientação de dois professores da
instituição.
De acordo com o professor orientador
Leandro Costa, a pesquisa foi desenvolvida em comunidades rurais de três
municípios da região do Mato Grande: Pureza, Poço Branco e Taipu. Nelas, foram
feitas análises física, química e biológica na água de cerca de 30 cisternas,
para ser verificado a qualidade hídrica de cada região e solucionar, através da
tecnologia e reutilização de materiais, os possíveis problemas encontrados.
"Nas análises laboratoriais,
verificamos diversos parâmetros, como pH, pureza e condutividade da água. Mas,
o resultado que mais destacou foi a dureza, que apresentou acentuada elevação e
pode gerar problemas de saúde para os consumidores, como o desenvolvimento de
pedras nos rins", explica uma das autoras da pesquisa, Lorena Antunes, de
16 anos.
Com o objetivo de diminuir o grau de
dureza da água, os estudantes desenvolveram um equipamento chamado
"amaciador magnético", que retém os metais alcalinos terrosos da
água, responsáveis pela dureza. "O equipamento é uma bobina de cobre
colocada em volta da encanação, que leva a água da cisterna até a casa",
disse Lorena, que informou ainda que a matéria prima do gerador pode ser
adquirida através de eletrodomésticos velhos e não mais utilizados.
"Nosso desejo é fazer com que o
projeto possa ajudar na qualidade da água das comunidades rurais do estado de
maneira tecnológica, sustentável e acessível", finaliza o orientador.
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