O mundo na era da internet, em um
mundo globalizado onde ninguém se esconde, vou contar aqui através do Blog um
pouco da história de Bartô Galeno, por onde ele anda e o que ainda faz.
Bartô Galeno: O brega puro
O Mossoroense abre espaço hoje para
aquele que é um ídolo em Mossoró. Bartolomeu da Silva, ou simplesmente Bartô
Galeno, o paraibano que saiu de Souza para residir na Serra Mossoró e ficou
conhecido como a mais bela voz do Rio Grande do Norte tem no seu currículo 16
CDs e mais 500 músicas todas registradas em seu nome e dos respectivos
parceiros, sendo interpretadas por medalhões da música brega.
Em um ano só, gravou mais 40
canções com vários artistas. Entre eles, Fernando Lellys (Um par de alianças),
Carmem Silva (Amor com Amor se Paga), além de Waldick Soriano, Odair José e
outros. Mesmo assim, Bartô disse que o retorno financeiro dessas composição é o
mínimo, "compositor é muito roubado no Brasil", lamentou.
Aos 51 anos, Bartô se diz feliz e
apaixonado. Pai de quatro filhos, sendo que um deles dá seus primeiros passos
na música com o grupo que mistura samba e futebol denominado Daniel Galeno e os
Boleiros.
Quando o assunto é Mossoró, Bartô
não esconde sua paixão pela cidade que o acolheu quando tinha apenas 10 anos de
idade: "É por isso que digo, Mossoró, que eu te amo em todos os
momentos... Porque pode ser em num boteco, onde Bartô está, a galera vai
atrás", diz entusiasmado. Confira a entrevista concedida com exclusividade
nos estúdios da FM Resistência, a 93.7, em visita na semana passada.
Por: LUIS JUETÊ – Foto: Luciano Lellys
O Mossoroense – Você é natural de Mossoró?
Bartô Galeno – Não, eu me formei na música em Mossoró. Eu sou
natural da cidade paraibana de Souza. Eu cheguei em Mossoró com 10 anos de
idade, em 1960. Eu comecei cantando nos programas da Rádio Rural. Participei do
concurso "A Mais Bela Voz", onde tive a felicidade de ser o vencedor,
e saí de Mossoró para Recife, de Recife para São Paulo, de São Paulo para o Rio
de Janeiro, e por aí segue.
OM – Você disse que a sua formação musical foi em Mossoró. Como
foi que se desenvolveu esse aprendizado?
BG – Eu cheguei em Mossoró com 10 anos, exatamente, na época da
Jovem Guarda. Comecei cantando na Rádio Rural. Fui calouro do Seu Manoel Alves,
o famoso "Seu Mane". Eu sempre tive a felicidade de toda vez que
participava, ganhar o primeiro lugar. Até que, na final, fui considerado a mais
bela voz do Rio Grande do Norte, e o padre Américo Simonneti me deu uma
passagem até Recife. De lá, eu fui para São Paulo e depois para o Rio de
Janeiro, onde conheci Abdias, Elias Julião, que é de Natal. Aí depois eu
conheci o Roberto Carlos, Jerry Adriani, Zé Roberto. Como eu comecei como
compositor, foi mais fácil chegar até aqui onde estou, graças a Deus.
OM – Qual foi o seu primeiro disco lançado?
BG – Como cantor, foi o vinil Só Lembranças. Esse disco está em
catálogo até hoje.
OM – Só Lembranças foi datado de que ano?
BG – Ele foi lançado em 1975.
OM – Como foi o esquema de lançamento desse seu primeiro
trabalho? Foi por uma gravadora independente?
BG – Na época era uma gravadora que estava estreando, mas que
depois passou a ser grande, era a Tape K.
OM – E como foi que se deu o contrato com a gravadora?
BG – Como compositor, eu tive o privilégio de conhecer o nosso
mossoroense Oséas Lopes, que é o Carlos André, e ele praticamente me descobriu
como compositor e viu que eu também cantava. Aí resolveu me lançar,
intermediando o contato com a gravadora para lançar esse primeiro disco de
vinil intitulado Só Lembranças.
OM – Fale sobre o Bartô Galeno compositor.
BG – Bem.... eu comecei compondo. E
quando a gente começa compondo, parece uma fonte que Deus dá que não se esgota
nunca.
OM – E como compositor, você recebe o devido retorno
financeiro?
BG – Olha, para te ser sincero, o compositor é muito roubado no
Brasil
OM – Por quê?
BG – Por que o Ecad arrecada e não retribui para o compositor.
Nós somos muito roubados, eu já falei muito isso por todo lugar que eu passo.
Mas não adianta porque ninguém faz nada. Mas, graças a Deus, eu sou muito
cotado para shows, eu faço show no Brasil todo, e... a gente vai se defendendo.
Eu tenho quase 500 músicas como compositor.
OM – Todas registradas?
BG – Todas registradas no meu nome, e dos meus parceiros. Se o
Ecad não paga o que a gente tem direito como compositor, a gente vai se
defendendo como cantor, fazendo shows. Tem que dar graças a Deus, porque se eu
fosse só compositor, como diz o mossoroense, eu tava reado (risos).
OM – Você nunca procurou os meios legais para receber os seus
direitos como compositor?
BG – Zezé Di Camargo e Luciano são roubados, Roberto Carlos é
roubado e eles não dão jeito. Eu, que sou apenas um brega, eles não vão dar
jeito.
OM – Você tem quantos CDs gravados?
BG – Ao todo, são 16 CDs gravados.
OM – E qual a média de vendagem desses trabalhos?
BG – De 100 mil cópias acima. Para você ter uma idéia, "No
toca-fita do meu carro" foi gravado em 77 e vende até hoje. Ainda bem é
Som Livre, do sistema Globo. A Som Livre paga! As multinacionais têm essa
vantagem, elas pagam.
OM – Você já tocou praticamente nos quatro cantos do País, qual
o lugar mais barra pesada que você teve que se apresentar?
BG – Foi nos garimpos de Serra Pelada. Quando cheguei lá,
realmente deu vontade de voltar. Os garimpeiros dando tiro para tudo quanto é
canto. Cada música que eu tocava era bala comendo.
OM – Quando foi isso?
BG – Isso foi em 1978. O pessoal pedia uma música, eu tocava, e
eles metiam bala. Aí o dono da casa de show dizia: "Barto, não tenha medo,
não, porque eles fazem isso quando tão gostando.
OM – Qual foi o maior público que você já se apresentou?
BG – Eu tive o privilégio de me apresentar para 30 mil pessoas
no Patativa, que é um dos maiores clubes do País, em São Paulo.
OM – Na sua opinião, qual a música que mais marcou a sua
carreira?
BG – Eu acho que "No toca-fita do meu carro". Sem
dúvida, é o meu carro-chefe, meu carro pedestal, e conta a história de um carro
que eu comprei a Gonzaga Veículos, fiado. E eu falo isso por onde eu passo, São
Paulo, Brasília, porque foi verdade. Ele confiou em mim, eu estava começando.
Um cara vindo lá da Serra Mossoró comprar um carro fiado e o cara ter coragem
de vender, só pode ter muita coragem.
OM – Como cantor, como você está enfrentando a pirataria de
CDs?
BG – Olha, pirataria é igual ao Ecad, ninguém dá jeito. Eu nem
esquento a cabeça, eu quero mais é que eles sejam felizes. Eles não atrapalham
a minha carreira, pelo contrário. Poderia ser melhor, claro, mas o povão
precisa sobreviver também.
OM – Deixe sua mensagem final aos seus fãs de Mossoró.
BG – Meus agradecimentos à imprensa, ao jornal O Mossoroense. E
deixo um beijo carinhoso para minhas fã e deixo um abraço bem forte para os
meus amigos.
Amigo Daniel Pinheiro de Poço
Branco RN, enviou mensagem a Bartô via Facebook.
Sucesso dos anos 70, Bartô Galeno superou
doenças para voltar aos palcos.
Bartô Galeno
precisou ficar longe dos palcos por causa de uma doença grave, que o impediria
de cantar. Mas, ele contrariou as expectativas dos médicos e conseguiu voltar
aos palcos. Acompanhe a história completa no quadro Eu Sobrevivi, com Andressa
Urach.
Veja o Video no Canal Domingo Show no Youtube em: https://www.youtube.com/watch?v=oBObPkotggQ
ANTES, início de carreira.
HOJE
COM O CANTOR FERNANDO MENDES |
Com Informações do Blogs:
Domingo Show - http://entretenimento.r7.com/domingo-show/videos/sucesso-dos-anos-70-barto-galeno-superou-doencas-para-voltar-aos-palcos-22012017
Coluna o Mossoroense - http://www2.uol.com.br/omossoroense/2510/entrevista.htm
Blog do Rocha - http://williams-rocha.blogspot.com.br/2017/04/barto-galeno-resgatando-sua-historia-no.html?spref=fb
Youtube.com
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