domingo, 29 de janeiro de 2017

Vida Saudavel: Obesidade, uma doença do nosso tempo


A obesidade no Brasil, vem aumentando em todos os ciclos da vida (crianças, jovens e adultos). Há poucos trabalhos mostrando a Prevalencia da obesidade em crianças e jovens. Uma pesquisa, em 2003, apontou a prevalência do excesso de peso em algumas capitais brasileiras, onde chegou a 40% da população.

Maria Rita Cuervo Milanez
Professora na Faculdade de Nutrição da PUCRS


O
bservamos que obesidade é uma doença dos nossos tempos. Nos países mais desenvolvidos, por exemplo, nos Estados unidos, a obesidade atinge 30% da População. Qual seria o problema maior das taxas aumentando o sobrepeso e a obesidade? A obesidade está relacionada ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis e a outros fatores de risco (hipertensão arterial, diabetes, etc.). essas doenças juntas são potencializadas e são as maiores causas de morte atualmente.
Mudanças de Habitos
Estamos passando por um período de transição. Estão mudando os hábitos alimentares, o jeito como as pessoas vivem (cada vez menos atividade física), e isso tem uma associação direta com a obesidade. Em relação aos hábitos alimentares, nas mais recentes pesquisas de base populacional, verificamos que na população brasileira houve uma diminuição no consumo de feijão e de arroz; um aumento de 400% no consumo de refrigerante, e das porcarias (salgadinhos, bolachas, etc.).

O consumo de frutas, verduras e legumes está muito aquém do que deveria ser, porque normalmente se associa assim: a pessoa que come mais porcarias e bebe refrigerantes, deixa de comer as frutas e verduras, então, há uma substituição. Além disso, o aumento de refeições prontas, congelados, fast-foods também substitui o alimento típico da família brasileira, fora isso, há o numero de horas na frente da televisão, do computador e do videogame que, segundo as pesquisas, está relacionado com o aumento de peso de crianças e jovens.

O refrigerante, normalmente, substitui o consumo do leite. E grande parte da estrutura óssea é consolidada no período da adolescência, até os 19 anos. E isso poderá trazer, no futuro, um problema de osteoporose, que é uma das doenças relevantes em saúde publica e que também tem a ver com a atividade física. Um adolescente obeso tem uma chance de 70% a 80% de se tornar um adulto obeso, e a criança, filha de pais obesos, tem 80% de se tornar obesa. E quando é só um (ou o pai ou a mãe), essa chance é de 40%. A genética conta pouco, mas o habito alimentar da família, o comportamento ambiental é muito mais responsável por isso.

Escolhas saudáveis
Outra coisa importante na questão da obesidade é a gordura, o percentual de contribuição da gordura na dieta veem aumentando. Todos os industrializados são fritos e contem um tipo de gordura que não é a gordura trans.

O açúcar também é um elemento que vem aumentando na dieta. Ele, na verdade, é chamado de “caloria vazia”, porque ele é só caloria, não traz beneficio para a saúde, muito pelo contrario. A saúde bucal (boca) dos brasileiros, de um modo geral, é péssima. E isso se dá em grande parte pelo alto consumo de açúcar simples.

Apezar do ritmo de vida ter modificado os hábitos da alimentação, podemos fazer escolhas mais saudáveis. É possível levar uma fruta para fazer um lanche, optar por alimentos não-fritos, optar pelo integral, ficar atento a questão da atividade física, etc.

Além da oferta de uma alimentação saudável nas escolas, também tem a questão da educação, do habito. É papel da escola incentivar, estimular o consumo de uma alimentação saudável. A educação nutricional deveria ser ministrada em todas as escolas e isso implicaria em formação de professores para trabalhar com os alunos. Muitas vezes, o tema é trabalhado dentro das ciências, mas teria que fazer parte como um todo da educação e da saúde nas escolas, desde da escola infantil, com as educadoras e com as famílias. Por enquanto, essa conduta, depende muito do educador, porque, não é algo instituído na formação de crianças e jovens.

A educação vem da família e a escola é uma continuação. Por isso é preciso que se trabalhe na escola. E a escola pode chamar a família e tentar reverter essa situação. É na escola que está o caminho para a mudança.

Fonte: Jornal Mundo Jovem – Edição de Agosto de 2009 – https://www.mundojovem.com.br
Matéria Retirada do Jornal Impresso Mundo Jovem – Agosto de 2009 – Seção Vida Saudavel – Pagina 11.

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