terça-feira, 17 de março de 2015

Força Nacional envia mais 51 homens ao RN; grupo vai atuar em presídios


Reforço da Força Nacional chegou na Base Aérea de Natal (Foto: Invanízio Ramos/Assecom)
Reforço da Força Nacional chegou na Base Aérea de Natal (Foto: Invanízio Ramos/Assecom)
Desembarcaram na Base Aérea de Natal na tarde desta terça-feira (17) mais 51 militares da Força Nacional enviados para reforçar a segurança no Rio Grande do Norte após a onda de rebeliões no sistema prisional potiguar. Com os 79 homens que chegaram pela manhã, são 130 os militares da Força Nacional no estado. As informações foram repassadas pela assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).
A expectativa da Sesed é que mais 60 militares cheguem em 25 carros até a noite desta terça, somando um efetivo de 190 homens da Força Nacional. Nesta quarta-feira (18) são aguardados 36 policiais rodoviários federais de estados nordestinos para reforçar a segurança nas rodovias federais da Grande Natal e deMossoró, na região Oeste potiguar. Desde a semana passada, onze unidades prisionais do estado foram alvos de motins.

A atuação dos militares será definida em reunião entre a Força Nacional e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Os profissionais devem atuar nos presídios do Rio Grande do Norte. O estado possui atualmente 33 unidades prisionais, das quais 11 já foram alvos de motins desde a semana passada.

Onda de rebeliões
A onda de rebeliões que acontece no sistema penitenciário potiguar começou na última quarta-feira (11). Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).
Presos passaram por revista após motim na Penitenciária Agrícola Mário Negócio (Foto: Divulgação/PM-RN)Presos passaram por revista após motim na
Penitenciária Agrícola Mário Negócio
(Foto: Divulgação/PM-RN)
Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, também em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim.

No interior foram registradas revoltas na Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró; no Centro de Detenção Provisória deSão Paulo do Potengi, na região Agreste; e na Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó.
Reinvidicações
Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Os pedidos dos presos, que fazem uma série de rebeliões desde a semana passada, estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.
Carta com a reivindicação dos presos foi entregue à Secretaria de Segurança do RN (Foto: G1/RN)Carta com a reivindicação dos presos foi entregue
à Secretaria de Segurança do RN (Foto: G1/RN)
Além da carta, detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas (veja abaixo). Esta é a maior unidade prisional do estado e apontada como foco do início das rebeliões.
A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que"não vai negociar com preso".
Segundo o Ministério Público, a população carcerária no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.
Em entrevista à Inter TV Cabugi, a secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Kalina Leite Gonçalves, afirmou que não vai negociar com os presos. "O que o poder público tem que fazer é garantir os direitos constitucionais. Agora, nenhuma possibilidade de negociação com preso", disse ela.
Atuação da Força Nacional foi definida em reunião com a Secretaria de Segurança do RN (Foto: Divulgação/Sesed-RN)Atuação da Força Nacional foi definida em reunião
com a Sesed (Foto: Divulgação/Sesed-RN)
Força Nacional
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, falou pela primeira vez sobre a onda de ataques a ônibus e motins ocorridos nas penitenciárias do estado. Em entrevista coletiva na manhã desta terça, ele destacou o apoio recebido do governo federal, como o envio de homens da Força Nacional, e afirmou que, se necessário, haverá uso das Forças Armadas. Setenta e nove homens já desembarcaram em Natal para reforçar a segurança nas unidades prisionais.
A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é que a tropa chegue a 200 militares ainda nesta semana. Contudo, há um acordo para que até 300 homens da Força Nacional atuem no Rio Grande do Norte. O pedido de reforço foi feito pelo governador Robinson Farias ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Calamidade
"O governo decretou estado de calamidade do sistema penitenciário. Isso significa que vamos trabalhar para a recuperação das instalações do sistema carcerário para poder atender as demandas dos apenados. Mas o governo não vai fazer nenhum tipo de concessão. Que fique bem clara a nossa posição. Vamos garantir os direitos dos apenados, mas sem fazer nenhum tipo de concessão ou barganha que venha a mudar a autoridade do governo de enfrentar a situação", afirmou o governador.

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