terça-feira, 17 de março de 2015

Com onda de rebeliões em presídios, 89 detentos são transferidos em Natal

Revoltas ocorrem no estado desde a semana passada. 

Presidiários de outras unidades também serão removidos.

DO G1 RN

Presos do CDP da Riberia deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
Presos do CDP da Ribeira deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)

Cerca de 90 presos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal, foram transferidos na manhã desta terça-feira (17). O destino dos detentos foi o CDP de Parelhas, na região Seridó potiguar. Ao longo do dia, presidiários de outras unidades também serão removidos. As medidas, segundo a Coordenadoria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, são necessárias em razão da série de rebeliões que vêm ocorrendo no sistema penitenciário.
Rebeliões em presídios no Rio Grande do Norte (Foto: Arte/G1)
Os motins começaram na última quarta (11) e continuaram na quinta (12), sexta (13), segunda (16) e nesta terça (17). O Rio Grande do Norte possui atualmente 33 unidades prisionais.
A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que"não vai negociar com preso".
Novas rebeliões
Ainda na manhã desta terça, detentos da Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, iniciaram uma nova rebelião. De acordo com o diretor da unidade, Alex Alexandre Dantas, os presos começaram a quebrar as grades das celas por volta das 7h.
Cerca de 600 presos cumprem pena na unidade, que tem capacidade para 367 detentos. Além do Pereirão, presos também se amotinaram e destruíram celas no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, e no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta. Ao todo, onze unidades já foram alvos de rebeliões e depredações causadas por detentos.
Ameaça dos presos
"Todas as cadeias do Rio Grande do Norte vão derrubar as grades". O recado foi dado pelos presos do sistema penitenciário potiguar em um vídeo gravado durante a onda de rebeliões.
Nas imagens, gravadas de dentro de uma unidade prisional, os detentos exigem a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas. A penitenciária, localizada em Nísia Floresta, é a maior unidade prisional do estado e apontada como foco do início dos motins.
Falta de vagas
Também em decorrência dos motins, o Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou inquérito civil para investigar a falta de vagas nos presídios do estado. O inquérito vai apurar medidas usadas pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário estadual.
Segundo o MP, a população carcerária no RN é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.


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