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sábado, 19 de setembro de 2020

Brasil registra 739 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas

São Paulo figura entre os estados que registraram mais mortes

O Ministério da Saúde (MS) atualizou no início da noite deste sábado (19) os dados do novo coronavírus (covid-19) no país. Segundo o boletim epidemiológico, 136.532 pessoas morreram por causa da covid-19, 739 somente nas últimas 24 horas.

São Paulo continua figurando entre os estados que registraram mais mortes, contabilizando 33.927 óbitos, seguido do Rio de Janeiro, com 17.634, e o Ceará com 8.801. Pernambuco, Minas e Bahia vem na sequência com 8.004, 6.656 e 6.221 óbitos, respectivamente. Já Roraima (613), Amapá (691) e Acre (648), todos na Região Norte, são os que menos têm registros de óbitos.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, até agora 4.528.240 pessoas foram infectadas, 33.057 nas últimas 24 horas. O boletim aponta que 84,4% desses contaminados, ou seja, 3.820.095 foram recuperados.

Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro registrou a morte de 59 pessoas nas últimas 24 horas, aumentando para 17.634 óbitos no estado, desde o primeiro caso da doença em março. De acordo com o boletim da  Secretaria de Estado de Saúde,  até este sábado (19) há 251.261 casos confirmados por covid-19 no estado, 403 óbitos em investigação e 354 casos descartados. Entre os casos confirmados, 228.258 pacientes se recuperaram da doença.

Infectados

Do total de 251.261 infectados no estado, a capital fluminense continua liderando disparado, com 97.824 pessoas contaminadas pela covid-19.  Depois vem Niterói (12.395); São Gonçalo (11.854); Duque de Caxias (9.118); Belford Roxo (8.949); Macaé (8.047); Volta Redonda (6.393); Nova Iguaçu (6.177); Campos dos Goytacazes (5.418); Teresópolis ( 5.401); Angra dos Reis ( 5.376); Itaboraí  (4.492); Magé (3.683); Maricá (3.488); São João de Meriti ( 3.303); Nova Friburgo (2.899); Itaperuna  (2.774); Três Rios (2.706); Barra Mansa (2.576) e Cabo Frio (2.432) estão  entre as 92 cidades com maior número de infectados.

Óbitos

Do total de 17.634 mortes pela covid-19 no estado, o município do Rio tem 10.470 óbitos. Em seguida vem São Gonçalo (695); Duque de Caxias ( 690); Nova Iguaçu (566); São João de Meriti (420); Niterói (413); Campos dos Goytacazes ( 356); Belford Roxo (281); Magé (214); Itaboraí (210); Volta Redonda  (206); Petrópolis ( 197); Nilópolis (176);  Angra dos Reis  (174); Mesquita (166); Barra Mansa  (150); Macaé (144), além  Cabo Frio e Teresópolis com (136), registram o maior número de óbitos pela covid-19.

Apenas o município de Trajano de Moraes, na serra do norte fluminense, distante cerca de 250 quilômetros (km) da capital, é a única  cidade do Rio de Janeiro que não teve óbito registrado por covid-19. A cidade já registrou 22 infectados pela doença, mas, no momento, tem apenas um paciente infectado, em isolamento em casa e monitorado pelas equipes de saúde.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Acre: Estudante de 14 Anos Colocou Fogo em Escola após Levar Bronca de Professor por ele ter Chegado atrasado na Aula

Um estudante de 14 anos incendiou a Escola Estadual Rural Vicente Brito de Sousa, no município de Feijó, interior do Acre, após o professor ter chamado atenção do aluno por ele ter chegado atrasado em sala de aula. O prédio, que fica no Ramal Antônio Simplício, teve perda total e o caso ocorreu na madrugada do sábado (21).


A polícia informou que o menor teve a ajuda de Carlos da Luz Ribeiro, de 19 anos. O incêndio deixou quase 100 alunos sem aula e as chamas destruíram todo o material didático, merenda, computadores e outros objetos. Ribeiro foi encaminhado ao presídio e o adolescente ao Conselho Tutelar do município.

A coordenadora geral do Núcleo de Ensino da Secretaria de Educação do Acre (SEE-AC), Cardoci Paiva de Lima, disse que o órgão já está fazendo um projeto para a construção de uma nova escola no local. Além disso, está sendo conversado com a comunidade uma alternativa para que um espaço seja separado e os alunos não sejam prejudicados.

“Recebemos a informação de que foi um aluno nosso da rede estadual de ensino que estuda o 8º ano no Programa Ases da Florestania que tocou fogo na escola. Ficamos perplexos com a notícia, mas já estamos tomando todas as medidas necessárias para que os alunos não percam o ano letivo”, finalizou.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

No Acre, mãe tenta mudar nome de criança que nasceu com dois sexos e foi registrada como menina

(Foto: Arquivo pessoal )
Há quase três anos, uma dona de casa de 45 anos luta para que o filho seja reconhecido como homem em Rio Branco. Ela conta que, durante a gravidez, os exames apontavam que ela teria uma menina.

O bebê nasceu e foi direto para a UTI, sendo registrado como menina ainda na maternidade de Rio Branco. Somente dias depois da internação a mãe pôde ver que a criança, na verdade, tinha os dois sexos.

“Como ele nasceu e foi direto para a UTI, não cheguei a vê-lo sem roupa. Na primeira visita ele estava com fralda, e os médicos atestaram que se tratava de uma menina.
A enfermeira pediu que eu fosse logo registrá-la, e foi o que eu fiz. Mas, quando vi meu filho sem fralda, tive certeza de que era um menino”, relembra.

A dona de casa diz que passou a questionar o sexo do menino. A equipe médica foi chamada, e uma geneticista explicou que, na verdade, tratava-se de um intersexo – quando há a presença dos dois órgãos sexuais.

A mãe foi orientada, então, a fazer um exame cariótipo – que analisa a quantidade e a estrutura dos cromossomos em uma célula. Segundo a dona de casa, o exame só pôde ser feito em agosto deste ano e comprovou que, pelo número de cromossomos, a criança é um menino.

Até a semana passada, a criança vestia roupas femininas e despertava a curiosidade de quem mora no bairro. A mãe conta, entre lágrimas, que diversas vezes foi questionada quanto ao nome da criança, já que a criança tem comportamento masculino, diz ela.

“Só eu sei o constrangimento que passo quando as pessoas pedem para ver meu filho nu. Na semana passada, duas mulheres pediram para ver meu filho sem roupa. Isso me machuca muito, me constrange”, conta.

Com o exame confirmando que a criança é um garoto, a mãe luta para mudar o nome na certidão de nascimento. Para isso, ela precisa apresentar o exame a um geneticista para que um laudo seja feito e apresentado ao cartório.

A mãe se desfez de todo o enxoval feminino e, agora, pede ajuda na internet para conseguir roupas de garoto.

“Todo o enxoval, até os dois anos, é tudo de menina. Tudo rosa. Mas eu sempre soube que meu filho era menino. Sempre soube que eu tive um menino e não uma menina”, afirma.

A luta para mudar o nome da criança também tem o objetivo de permitir que ele seja matriculado em uma creche sem sofrer preconceito.

“Não sei nem por onde começar para mudar o nome dele. O que sei é que preciso levar esse exame a um geneticista e também preciso de uma carta para que eu mude o nome dele no cartório. Meu filho é homem, sempre se comportou como homem”, diz.

“Na semana passada, quando cheguei com o exame dele, ele sentou ao meu lado e perguntou o resultado. Eu disse que ele era homem, e ele respondeu: ‘Graças a Deus, mamãe. Agora sou um rapazinho'”, finaliza.

‘Escolha definitiva do sexo só após avaliação psicológica’, diz geneticista

A geneticista Bethânia Ribeiro explica que, para a mudança de nome, a mãe só precisa de um laudo médico apontando a questão do gênero. Ela destaca, porém, que a cirurgia de escolha da genitália só pode ser feita na adolescência, quando a criança escolher o gênero com o qual se identifica.

O diagnóstico do sexo do bebê pode ser genético, feito pelo cariótipo, hormonal ou psicológico. Se o cariótipo for masculino, geneticamente ele é homem, mas isso não quer dizer que ele vá se identificar com o sexo masculino na adolescência. Pode ser que ele queira mudar, explica a médica.

“Sobre a mudança de nome, a gente faz um laudo explicando que, geneticamente, é menino. Mas a escolha definitiva do sexo somente após uma avaliação psicológica. E a mudança na genitália deve ser uma decisão da pessoa, em parceria com a família”, conclui.
Exame genético comprova que sexo
da criança é masculino (Foto: Estela Maciel/G1 )
G1

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Fotógrafo faz registro raro de tribo isolada em floresta no Acre; veja imagens

Fotos: Foto: Ricardo Stuckert - BBC Brasil / Portal Terra
Fonte: BBC BRASIL.com/Portal Terra

O céu escureceu e uma forte chuva obrigou o helicóptero que sobrevoava uma floresta no Acre a pousar. O temporal demorou para passar e a tripulação decidiu voltar ao ponto de partida antes de escurecer.
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Foto: Ricardo Stuckert

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert.
Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

A chuva frustrou a viagem, mas proporcionou um registro raro e histórico de uma tribo indígena isolada, próximo à fronteira com o Peru. "É como achar uma agulha no palheiro. Pura sorte", definiu o fotógrafo Ricardo Stuckert.

A BBC Brasil teve acesso a parte dos registros feitos por Stuckert no último domingo. Ele viajava para a aldeia Caxinauá (também no Acre), onde faria uma sessão de fotos para o livro Índios Brasileiros . A obra vai documentar a rotina de 12 tribos brasileiras e será lançada no dia 19 de abril de 2017 - Dia do Índio.

Mas ele estava acompanhado do experiente sertanista José Carlos Meirelles, que trabalhou para a Fundação Nacional do Índio (Funai) durante 40 anos, e a dupla resolveu investigar uma área da mata com mais calma.

"Depois da chuva, a gente voltou e viu umas malocas feitas de palha. A gente estava voando muito rápido, mas vimos plantações e decidimos voltar. Encontramos a tribo e eu comecei a fotografar", relata o fotógrafo.

Ao identificar uma possível ameaça, os índios reagiram. Os olhares de surpresa e raiva contra o helicóptero foram registrados pelas poderosas lentes de longo alcance de Stuckert. A tribo atirou dezenas de flechas na tentativa de afastar a aeronave, que sobrevoou a região durante sete minutos.

O próprio Meirelles avalia o voo como algo invasivo à comunidade isolada. "É um registro importante, mas é uma certa agressão. Por isso, a gente toma o cuidado de não voar baixo para não assustar tanto. Por outro lado, o mundo precisa saber que eles existem e que precisamos de políticas para conservá-los", disse Meirelles, que demarcou áreas de tribos isoladas durante os 20 anos que trabalhou na região.

Ele estima que a tribo, identificada apenas como "Índios do Maitá", por estar próxima ao rio de mesmo nome, é composta por cerca de 300 pessoas. O número, segundo ele, é bem grande para uma aldeia isolada.

Algodão

Segundo o sertanista, não há nenhum relato ou documento de aproximação dessa tribo com povos civilizados e até mesmo outros grupos.

Após o sobrevoo e uma primeira análise das fotos de Stuckert, José Carlos Meirelles identificou detalhes que revelam alguns costumes dos índios isolados.

"As mulheres usam uma saiota e eles têm plantações de algodão. São sinais de um povo que tece e fia. Parte deles também possui um cabelo incomum: careca até a metade da cabeça e comprido da metade para trás", relatou.

O sertanista afirmou que os índios são mais altos que a média e os homens amarram o pênis a uma espécie de cinta. O especialista também identificou que a tribo planta milho, banana, mandioca e batata.

O grupo fotografado vive numa área de 630 mil hectares onde estão três reservas indígenas: Kampa Isolados do Envira, Alto Tarauacá e Riozinho do Alto Envira. O sertanista disse que, apesar do completo isolamento, a localização aproximada da tribo já era conhecida.

Nas fotos, não foram identificados objetos ou características que possam ter sido influenciadas ou levadas a eles por outros povos.

Um dos fatores apontados pelos especialistas para a sobrevivência da tribo é o fato dela estar localizada numa região de difícil acesso de madeireiros, garimpeiros e seringueiros.

Emocionante

Stuckert, que trabalhou como fotógrafo da Presidência da República durante oito anos e tem 28 anos de experiência na profissão, disse que o registro dos índios está entre "os mais emocionantes" de sua carreira.

"Eu gostaria de voltar lá, mas acho que a gente não pode ter contato. Precisamos preservar isso e quero que as minhas fotos mostrem que a gente tem que mapear tudo o que está perto e protegê-los para que não tenham problemas externos", afirmou.

O fotógrafo disse ter ficado "maravilhado" por registrar pela primeira vez na sua carreira uma população que nunca teve contato com uma população isolada.

O sertanista José Carlos Meirelles também demonstra felicidade por ter visto os índios isolados, mas se disse preocupado com o possível avanço do desmatamento e de seringueiros.


"Fiquei muito feliz em saber que estão bem. Foi muito bom ver que eles têm um roçado e estão no seu espaço. O problema é que ninguém sabe até quando."