Foto de ANDREAS SOLARO/AFP |
Escrito Por: Renato Aquino
Alguém poderia me
explicar que bruxaria foi feita para que a homilia do Papa desta quinta-feira
(23 /FEV/2017) fizesse com que o Papa declarasse que “É melhor ser ateu do que
um católico hipócrita” ?
Hoje, fomos inundados por uma avalanche de noticias: O Papa
declarou que é melhor ser ateu do que católico hipócrita. Me impressionei com a
incisão das palavras do pontífice. Palavras certeiras mas que poderiam
induzir a uma complacência com o ateísmo. Poderia justificar-se o ateísmo tendo
em vista da má vida dos fiéis? Eis a pergunta que a grande imprensa quis
incutir na mente dos leitores.
–
A frase tem sentido, avisa o desavisado. Sim, se bem compreendida, tem sentido.
No entanto, sou impelido a ressaltar: Não se trata da frase ser correta ou
errada, mas ser exatamente o que foi dito… me perdoem os informais, mas eu
costumo exigir dos redatores que o conteúdo que está entre aspas seja
exatamente o que foi dito. Senão fica parecendo que qualquer um senta numa
redação e escreve o que lhe convém. Nós sabemos que é assim, mas não façam de
uma forma que a brincadeira passe a ser constrangedora.
Tendo
em vista a credibilidade da grande mídia, preferi esperar a publicação da
homilia pela Santa Sé. Fingi estar surpreso enquanto
Surpresa: A palavra ‘ateu’ aparece apenas simplesmente uma vez na
homilia e, olhem que coisa surpreendente: Não tinha o sentido laicista que a
grande mídia divulgou. O Papa disse:
“Quantas vezes já
ouvimos na rua ou em outros locais alguém dizer: “Para ser católico como aquele
é melhor ser ateu!” É isto o escândalo, que destrói, que manda abaixo.”
Leia a homilia completa em italiano clicando aqui.
Expliquem-me, dona imprensa, qual foi a
mandinga que foi feita para o Papa declarar isso?
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