Por: Bruna Romanini
Caso é único no
mundo e ocorreu na região metropolitana de Curitiba, confira esta história
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Foto: Reprodução Facebook |
Uma jovem mãe de apenas 21 anos deu à luz a gêmeos
mesmo depois de ficar internada por 123 dias na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) do Hospital do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de
Curitiba.
Frankielen Zampoli sofreu morte cerebral em outubro
de 2016 após passar por um acidente vascular cerebral (AVC). Porém, quando a
tragédia ocorreu, esta jovem mãe esperava gêmeos! Frankielen estava no segundo
mês de gestação dos pequenos Azaphi e Ana Vitória.
Foi quando começou outra batalha pela vida, desta
vez a vida dos gêmeos. Os médicos e familiares decidiram manter Frankielen viva
na tentativa de salvar os gêmeos e conseguiram!
Na madrugada desta quarta (22) os gêmeos nasceram
com 27 semanas e por meio de uma cesárea. E depois os aparelhos de Frankielen
foram desligados e ela faleceu.
Meses
de muita luta e amor
O caso é
considerado raríssimo. De acordo o Hospital Rocio, trata-se do único no mundo
com gravidez gemelar (de gêmeos) de mãe com morte
encefálica em que as crianças nasceram com saúde.
Mas
conseguir trazer estes gêmeos ao mundo com saúde definitivamente não foi nada
fácil. Afinal, a equipe médica teve que manter o corpo da mãe funcionando para
que os dois bebês pudessem
se desenvolver. “Nós precisávamos manter a pressão adequada da mãe, a
oxigenação adequada e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela”,
explicou o médico Dalton Rivabem em entrevista ao portal G1.
Assim a gravidez foi monitorada durante 24 horas
por dia e cada pequena conquista era muito celebrada por médicos, enfermeiros,
nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.
Frankielen foi atendida pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). E o principal desafio, de acordo com os profissionais de saúde, era
fazer com que os bebês sentissem o afeto que a mãe não podia dar. Para isso,
família e equipe acariciavam a barriga, conversavam e cantavam para os bebês.
“Nós trouxemos canções para as crianças: canções de
crianças, canções improvisadas, canções que nós fizemos exclusivamente para
elas. A UTI ficou cheia de músicas de amor e afeto”, conta a capelã e
musicoterapeuta Érika Checan em entrevista ao portal G1.
Foi no hospital, cercada de carinho, que Frankielen
ficou durante os sete meses de gravidez e até os médicos não poderem mais
esperar. Os bebês nasceram com a saúde compatível com a de prematuros dessa
idade. Ana Vitória, que nasceu com um 1,4 quilo, é um pouquinho maior do que o
irmão Azaphi, que veio ao mundo com 1,3 quilo.
“A gente nunca se prepara para perder um filho. A
dor de perder um filho é muito grande. Para uma mãe, é a pior dor. Ela foi
guerreira até depois da tarde, conseguiu dar vida aos filhos dela. Ver eles,
agora, é lindo”, disse a mãe de Frankielen, Ângela Silva em entrevista ao
portal G1.
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