domingo, 29 de março de 2015

466 ANOS DEPOIS: Fotos mostram mudanças de Salvador ao longo dos anos; compare

Fotos: Reprodução.

Varela Notícias apresenta as modificações da capital baiana, que completa 466 anos
Foto: Montagem - VN
Foto: Montagem – VN
Agradecimentos:
Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br
Em comemoração ao aniversário de Salvador, que completa 466 anos neste domingo (29), oVarela Notícias reuniu fotos antigas e novas dos principais pontos da cidade. Com o “antes e depois” é possível observar as grandes modificações em que passou a capital baiana.
Bondes, poucos carros e prédios, grandes calçadas e locais com muitas árvores ficaram apenas nos registros. Afinal, o desenvolvimento de Salvador inverteu toda a situação antiga, apesar de terem sido preservadas as belezas e os monumentos históricos.
Os símbolos ganharam reformas e ajustes, mas foram mantidas as suas características principais. A área da Barra, por exemplo, um dos grandes investimentos da atual gestão, sofreu com a modernidade e foi transformada em um grande calçadão, dividindo o espaço para carros com os pedestres. No entanto, em outro período o local servia para os populares e os bondinhos, além de não necessitar de estacionamentos, também não tinha trânsito.
Outra grande mudança dos últimos anos é vista no comércio e Campo Grande, que atualmente é ocupado pelos ambulantes e lojas, antes era formado por praças e igrejas. A propósito, novas mudanças podem ser esperadas para os soteropolitanos, com os projetos para Itapuã, Rio Vermelho, Ondina e Centro Histórico.
VEJA:
  • Farol da Barra
Farol da Barra antigo. (Foto: Divulgação)
Farol da Barra (Foto: Reprodução)
Farol da Barra 2015. (Foto: Varela Notícias)
Farol da Barra 2015. (Foto: Varela Notícias)
  • Porto da Barra
Porto da Barra (Foto: Divulgação)
Porto da Barra (Foto: Reprodução)
Porto da Barra
Porto da Barra (Foto: Reprodução
  • Avenida Oceânica – Barra
Avenida Oceânica - Barra (Foto: Reprodução)
Avenida Oceânica – Barra (Foto: Reprodução)
Avenida Oceânica - Barra (Foto: Divulgação)
Avenida Oceânica – Barra (Foto: Divulgação)

  • Dique do Tororó
Dique do Tororó (Foto: Divulgação)
Dique do Tororó (Foto: Reprodução)
Dique do Tororó 2015. (Foto: Juh Almeida/ Varela Notícias)
Dique do Tororó 2015. (Foto: Juh Almeida/ Varela Notícias)
  • Centro Histórico
Pelourinho (Foto: Divulgação)
Pelourinho (Foto: Reprodução)
Pelourinho
Pelourinho
  • Itapuã
Itapuã - Orla
Itapuã – Orla. (Foto: Reprodução)
Itapuã 2015. (Foto: Juh Almeida/  Varela Notícias)
Itapuã 2015. (Foto: Juh Almeida/ Varela Notícias)
  • Elevador Lacerda
Elevador Lacerda
Elevador Lacerda (Foto: Reprodução)
Elevador Lacerda (Foto: Kiko Freitas/ Varela Notícias)
Elevador Lacerda (Foto: Kiko Freitas/ Varela Notícias)

POLÊMICA! Empresário de Neymar diz que há esquema para convocação à Seleção

Ele relembrou caso de jogador do Sport

(Foto: Getty Images)
(Foto: Getty Images)
Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br
O empresário de Neymar e outros jogadores famosos, como Lucas, revelou em entrevista ao jornal “Diário de São Paulo” que acredita em esquema para convocação à Seleção Brasileira.
“Claro que existe. Já teve até um presidente do Sport (Luciano Bivar) que admitiu ter pago para levar o Leomir (Leomar) ser chamado pelo Leão. Só não tenho como provar outros casos, mas rola sim. Também existe muito negócio na base, com gerente e treinador levando dinheiro para aprovar jogador”, disse.
Ele ainda confessa que espera vender Gabriel, do Santos, por quase 100 milhões de reais no meio do ano.
“Ele tem 18 anos, biotipo bom, chuta forte. Eu já tive proposta de R$ 35 milhões do Wolfsburg em janeiro. Se o Gabigol jogar como titular e fizer uns golzinhos, vendo no meio do ano por R$ 90 milhões”, concluiu.
Veja mais:

sábado, 21 de março de 2015

Mundo pode ter só 60% da água que precisa em 2030, diz ONU


Canal de irrigação recebe apenas um fio de água entre plantações de arroz nos campos de Richvale, na Califórnia
Canal de irrigação recebe apenas um fio de água entre plantações de arroz nos campos de Richvale, na Califórnia

A meio ano da adoção das novas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), publicou seu mais recente relatório global sobre desenvolvimento dos recursos hídricos. "É especialmente importante destacar mais uma vez, de forma clara, a importância central da água", explica o principal autor do documento, Richard Connor. "A água é um pré-requisito básico para o desenvolvimento sustentável. Isso não é novidade, mas fundamental para o futuro uso da água."
Por isso, a Unesco luta para garantir que a gestão da água, em todas as suas dimensões, seja consagrada como uma das novas metas de desenvolvimento sustentável. Isso não é o caso nos ainda vigentes Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo para cumprimento expira este ano. "Eles só tratam de água potável e saneamento básico", lembra Connor.

"Agora vamos fazer pressão para obtermos uma meta ligada à água que inclua não só o acesso à água potável e ao saneamento, mas também a proteção e a gestão adequada dos recursos hídricos como um todo", explica o ambientalista. Assim, o desperdício e a poluição da água devem ser futuramente reduzidos.
Empresas precisam economizar
O abastecimento de água potável é responsável por apenas uma pequena fração do consumo mundial do recurso natural. Embora uma pessoa consuma, em média, dois a três litros por dia, a produção de alimentos para a necessidade diária exige cerca de 3 mil litros de água per capita. A maior parte é consumida mundialmente pela agricultura, seguida por outros setores, como o industrial e de energia.
No relatório atual sobre recursos hídricos, a Unesco acredita que o consumo na indústria irá quadruplicar até 2050, em relação ao ano 2000. Ao mesmo tempo, a agricultura deve produzir mais alimentos para uma crescente população mundial. Segundo o documento, existe a ameaça de que até 2030 haja um deficit de 40% no suprimento global da água, se nada for feito.
"Temos que mudar nossa economia global para formas econômicas que consumam recursos menos intensivamente", diz Sybille Röhrkasten, pesquisadora do Instituto de Estudos Ambientais Avançados, de Potsdam (IASS).
"Não só a agricultura, mas também a indústria e o setor de energia devem ser mais econômicos em relação aos recursos hídricos." A cientista acrescenta que "o relatório deixa claro que precisamos de uma revolução energética global, se quisermos usar os nossos recursos hídricos de forma sustentável".
Decisão política
"Por ser um recurso limitado, devemos sempre pensar em formas de utilizar melhor a água", observa Richard Connor, da Unesco. Assim, ele e seus coautores têm como objetivo principal sensibilizar os decisores políticos para o problema da distribuição hídrica.
"Afinal, as principais decisões não são tomadas por especialistas em água ou gestores de recursos hídricos", constata o cientista ambiental. "As decisões sobre as opções de desenvolvimento são processos políticos envolvendo diferentes departamentos e ministérios, que têm que ser coordenados. Por isso, queremos alcançar os decisores políticos e deixar claro que, em última instância, eles têm que decidir como pode ser distribuída a água, que é um recurso escasso."

terça-feira, 17 de março de 2015

'Pavilhões foram todos destruídos', diz diretor de presídio no RN; veja fotos

Detentos do Pereirão, em Caicó, se rebelaram na manhã desta terça (17).

PM e agentes penitenciários já retomaram o controle da unidade.

Anderson BarbosaDo G1 RN
Policiais militares e agentes penitenciários retomaram o controle da unidade após destruição (Foto: Alex Alexandre/G1)Policiais militares e agentes penitenciários retomaram o controle da unidade após destruição (Foto: Alex Alexandre/G1)
Agentes penitenciários e policiais militares retomaram o controle da Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, cidade da região Seridó potiguar. A unidade foi alvo de uma rebelião no inicio da manhã desta terça-feira (17), quando os presos arrancaram as grades das celas e queimaram colchões. “Os pavilhões foram todos destruídos”, afirmou o diretor Alex Alexandre.
Ainda de acordo com o diretor, ainda não é possível calcular o prejuízo causado pelos detentos. "Destruíram tudo. Todas as grades foram arrancadas. Nas celas, ficou apenas uma linha imaginária. A penitenciária precisa ser reconstruída", acrescentou Alexandre.
A penitenciária do Seridó possui capacidade para 367 detentos, mas possui atualmente cerca de 600 presos.
Além do Pereirão, presos também se amotinaram no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, e no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta. Ao todo, onze unidades já foram alvos de rebeliões e depredações causadas por detentos.
Segundo direção da unidade, Pereirão teve todas as grades arrancadas das celas (Foto: Alex Alexandre/G1)Segundo direção da unidade, Pereirão teve todas as grades arrancadas das celas (Foto: Alex Alexandre/G1)
Onda de rebeliões
A onda de rebeliões que acontece no sistema penitenciário potiguar começou na última quarta-feira (11). Nesta manhã, 79 homens da Força Nacional desembarcaram em Natal para reforçar a segurança nas unidades prisionais do estado.
Presos do CDP de São Paulo do Potengi foram contidos e acomodados na quadra da unidade (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Presos do CDP de São Paulo do Potengi foram
contidos e acomodados na quadra da unidade
(Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Ainda nesta terça, além das rebeliões, um preso foi esfaqueado dentro de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN. A penitenciária fica em Nísia Floresta, na Grande Natal. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi enviada ao local, mas a entrada da ambulância ainda está sendo negociada com os detentos.

Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).

Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), em Parnamirim.
Reinvidicações
Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Os pedidos dos presos, que fazem uma série de rebeliões desde a semana passada, estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.

Além da carta, detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas (veja abaixo). Esta é a maior unidade prisional do estado e apontada como foco do início das rebeliões.
A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que "não vai negociar com preso".
Segundo o Ministério Público, a população carcerária no Rio Grande do Norte é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.
Em entrevista à Inter TV Cabugi, a secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Kalina Leite Gonçalves, afirmou que não vai negociar com os presos. "O que o poder público tem que fazer é garantir os direitos constitucionais. Agora, nenhuma possibilidade de negociação com preso", disse ela.
Homens da Força Nacional chegaram a Natal em um Hércules da FAB (Foto: Georgia Câmara)Homens da Força Nacional chegaram a Natal em um Hércules da FAB (Foto: Georgia Câmara/PM)
Força Nacional
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, falou pela primeira vez sobre a onda de ataques a ônibus e motins ocorridos nas penitenciárias do estado. Em entrevista coletiva na manhã desta terça, ele destacou o apoio recebido do governo federal, como o envio de homens da Força Nacional, e afirmou que, se necessário, haverá uso das Forças Armadas. Setenta e nove homens já desembarcaram em Natal para reforçar a segurança nas unidades prisionais.
A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é que a tropa chegue a 200 militares ainda nesta semana. Contudo, há um acordo para que até 300 homens da Força Nacional atuem no Rio Grande do Norte. O pedido de reforço foi feito pelo governador Robinson Farias ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Calamidade
"O governo decretou estado de calamidade do sistema penitenciário. Isso significa que vamos trabalhar para a recuperação das instalações do sistema carcerário para poder atender as demandas dos apenados. Mas o governo não vai fazer nenhum tipo de concessão. Que fique bem clara a nossa posição. Vamos garantir os direitos dos apenados, mas sem fazer nenhum tipo de concessão ou barganha que venha a mudar a autoridade do governo de enfrentar a situação", afirmou o governador

Com onda de rebeliões em presídios, 89 detentos são transferidos em Natal

Revoltas ocorrem no estado desde a semana passada. 

Presidiários de outras unidades também serão removidos.

DO G1 RN

Presos do CDP da Riberia deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
Presos do CDP da Ribeira deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)

Cerca de 90 presos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal, foram transferidos na manhã desta terça-feira (17). O destino dos detentos foi o CDP de Parelhas, na região Seridó potiguar. Ao longo do dia, presidiários de outras unidades também serão removidos. As medidas, segundo a Coordenadoria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, são necessárias em razão da série de rebeliões que vêm ocorrendo no sistema penitenciário.
Rebeliões em presídios no Rio Grande do Norte (Foto: Arte/G1)
Os motins começaram na última quarta (11) e continuaram na quinta (12), sexta (13), segunda (16) e nesta terça (17). O Rio Grande do Norte possui atualmente 33 unidades prisionais.
A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que"não vai negociar com preso".
Novas rebeliões
Ainda na manhã desta terça, detentos da Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, iniciaram uma nova rebelião. De acordo com o diretor da unidade, Alex Alexandre Dantas, os presos começaram a quebrar as grades das celas por volta das 7h.
Cerca de 600 presos cumprem pena na unidade, que tem capacidade para 367 detentos. Além do Pereirão, presos também se amotinaram e destruíram celas no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, e no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta. Ao todo, onze unidades já foram alvos de rebeliões e depredações causadas por detentos.
Ameaça dos presos
"Todas as cadeias do Rio Grande do Norte vão derrubar as grades". O recado foi dado pelos presos do sistema penitenciário potiguar em um vídeo gravado durante a onda de rebeliões.
Nas imagens, gravadas de dentro de uma unidade prisional, os detentos exigem a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas. A penitenciária, localizada em Nísia Floresta, é a maior unidade prisional do estado e apontada como foco do início dos motins.
Falta de vagas
Também em decorrência dos motins, o Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou inquérito civil para investigar a falta de vagas nos presídios do estado. O inquérito vai apurar medidas usadas pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário estadual.
Segundo o MP, a população carcerária no RN é de aproximadamente 7.650 pessoas, mas o Estado tem cerca de 4 mil vagas.


Sistema prisional do RN tem mais um dia de rebelião

Detentos atearam fogo dentro do Pereirão, em Caicó (Foto: Sidney Silva/G1)
Detentos atearam fogo dentro do Pereirão, em Caicó (Foto: Sidney Silva/G1)

Os detentos da Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, se rebelaram na manhã desta terça-feira (17). De acordo com o diretor da unidade prisional, Alex Alexandre Dantas, os presos começaram a quebrar as grades das celas por volta das 7h.
O Pereirão foi a oitava unidade prisional do Rio Grande do Norte a ser atingida pela onda de rebeliões iniciada na última quarta-feira (11). Elas continuaram na quinta (12), sexta (13) e também na segunda (16). A situação levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho, e o governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
Detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas (veja abaixo). Alcaçuz é a maior unidade prisional do estado, e apontada como foco do início das rebeliões.
Segundo o diretor do Pereirão, cerca de 600 presos cumprem pena na unidade prisional, que tem capacidade para 367 detentos. A direção do presídio já pediu reforço da Polícia Militar. "Estávamos preparados com maior efetivo de agentes e pedimos reforços para a PM. Acredito que nós vamos entrar no presídio para tentar controlar a situação", afirmou Alex Alexandre.
Rebeliões em presídios no Rio Grande do Norte (Foto: Arte/G1)Rebeliões em presídios no Rio Grande do Norte
(Foto: Arte/G1)
Em entrevista à Inter TV Cabugi, a secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Kalina Leite Gonçalves, afirmou que não vai negociar com os presos. "O que o poder público tem que fazer é garantir os direitos constitucionais. Agora, nenhuma possibilidade de negociação com preso", disse ela.
Outros presídios
Rio Grande do Norte possui atualmente 33 unidades prisionais.
Além do Pereirão, presos também se amotinaram no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, e no Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta. Ao todo, onze unidades já foram alvos de rebeliões e depredações causadas por detentos.
Houve revoltas em quatro unidades na Zona Norte de Natal: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).
Também foram registradas rebeliões no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).
Presos do CDP da Riberia deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)Presos do CDP da Ribeira deixaram a unidade na manhã desta terça-feira (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
Na manhã desta terça-feira (17), cerca de 90 presos foram transferidos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal. O destino dos detentos não foi revelado por uma questão de segurança. Ao longo do dia, outros presidiários, em outras unidades, também serão removidos.
Força Nacional
A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) disse que pediu apoio da Força Nacional em virtude da onda de rebeliões no sistema prisional.
O reforço federal, segundo a assessoria da Sesed, pode chegar a 300 homens. Eles são esperados no estado a partir desta terça-feira (17). Além disso, dois helicópteros cedidos pelo Ministério da Justiça vão para Natal também nesta terça.
Calamidade
A assessoria acrescentou que o decreto de calamidade para o sistema penitenciário foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça. A decisão permite que medidas de emergência sejam adotadas e determina a criação de uma força tarefa. A Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania fica responsável por designar uma comissão especial de licitação, que deve acompanhar todos os processos e decisões a serem adotados.
Alcaçuz enfrenta rebeliões de presos há mais de uma semana (Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi)Alcaçuz é a maior unidade prisional do estado
(Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi)
A força tarefa deverá apresentar ao governador Robinson Faria, a cada 30 dias, um relatório circunstanciado das atividades. As medidas da situação de calamidade foram propostas após a apreciação do relatório de Situação e Diagnóstico, e consideram a destruição por parte dos rebelados de mil vagas divididas entre Alcaçuz (450), Penitenciária Estadual deParnamirim (250) e Cadeia Pública de Natal(300).
MP investiga falta de vagas
O Ministério Público do Rio Grande do Norteinstaurou inquérito civil para investigar a falta de vagas nos presídios do estado. O inquérito vai apurar medidas usadas pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário estadual. Segundo o MP, não há unidades prisionais suficientes no estado.
Presos encerram rebelião em Alcaçuz no fim de tarde desta quarta (11) (Foto: Divulgação/Sejuc)Presos durante rebelição em Alcaçuz nesta quarta
(Foto: Divulgação/Sejuc)
De acordo com o MP, a população carcerária no RN é de, aproximadamente, 7.650 pessoas e o Estado disponibiliza cerca de 4 mil vagas. Devido à recente série de rebeliões nos presídios, o órgão investigará as condições estruturais das unidades prisionais e a gestão do sistema penitenciário.
A "grave ineficiência funcional dos agentes públicos responsáveis pela gestão deste sistema" é citada na publicação do Diário Oficial local como um dos principais motivos para a superpopulação carcerária.
Terceiro incêndio ocorreu no terminal do Golandim, em São Gonçalo do Amarante (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Terceiro incêndio ocorreu no terminal do Golandim
(Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Ataques a ônibus
A Secretaria de Segurança Pública investiga se a onda de rebeliões tem relação com a série de ataques a ônibus iniciada na tarde desta segunda na Grande Natal. Até o momento, a Polícia Militar do Rio Grande do Norteregistrou quatro ocorrências nos mesmos moldes.
De acordo com a PM, criminosos ordenaram que funcionários e passageiros deixassem os veículos e atearam fogo nos ônibus.

A cena se repetiu no bairro Petrópolis, na Zona Leste; no conjunto Vale Dourado, na Zona Norte; no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana; e em Parnamirim, também na Grande Natal.

Os ataques levaram as empresas de ônibus a recolher a frota de veículos mais cedo. Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, os táxis da cidade foram autorizados a realizar lotações durante a noite e madrugada para atender a população. O Sindicato dos Rodoviários do RN informou que os ônibus voltaram a circular às 5h desta terça.
Carro da PM
Um carro da Polícia Militar do Rio Grande do Norte foi incendiado na noite desta segunda-feira (16) na zona Oeste de Natal. O veículo estava dentro de uma oficina na avenida Amintas Barros, no bairro do Bom Pastor. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Sesed.
"O carro estava parado dentro da oficina porque passa por conserto. Alguém descobriu isso, entrou no local e ateou fogo nela", informou a secretaria. Não se sabe qual o tamanho da destruição do veículo e quem ateou fogo nele.
Ônibus foi incendiado na Avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)Ônibus foi incendiado na Avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)

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